Laser íntimo: como funciona?
- Dra. Bárbara Costa
- 29 de abr.
- 2 min de leitura

O laser íntimo é uma tecnologia que cada vez mais está sendo utilizada na ginecologia. Embora muitas pessoas achem que o laser é uma ferramenta nova na medicina, desde a década de 1970 ele já utilizado em algumas áreas da ginecologia como a reprodução.
O que mudou foram as máquinas de laser e as diferentes possibilidades de aplicações. O laser de CO2, por exemplo, utiliza a energia térmica para criar microlesões no local aonde é aplicado.
Isso estimula a formação de novas células, colágeno, glicoproteínas e vasos sanguíneos. Na região do canal vaginal, o laser proporciona a melhora da lubrificação e da elasticidade. A seguir um vídeo ilustrando a aplicação do laser de CO2 no canal vaginal:
Por isso, o laser de CO2 tem várias aplicações na saúde da mulher. As suas principais indicações são:
· Atrofia vulvovaginal da menopausa e suas consequências: dor na hora da relação sexual, infecção urinária de repetição, vaginites recorrentes, dor no pé da barriga e sensação de coceira constante no canal vaginal.
· Ressecamento vaginal
· Sensação de vagina larga e/ou flácida
· Incontinência urinária aos esforços
· Diminuição do estrogênio na região genital devido o pós parto ou após o uso de medicações que provoquem hipoestrogenismo.
· Fissuras em introito vaginal
· Tratamento de líquen escleroso
· Procedimentos estéticos como clareamento da vulva e melhora do contorno e do preenchimento local.
Além disso, dependendo da quantidade de energia aplicada, o laser também pode cortar o que permite a realização de procedimentos como:
· CAF no colo uterino: cirurgia de alta frequência para retirada de lesões provocadas pelo HPV
· Correção de hipertrofia dos pequenos lábios e clitóris
· Biopsias
· Retiradas de verrugas e outras lesões na vulva
A principal vantagem do laser é a sua praticidade e o fato dele ser um procedimento praticamente indolor. O laser é aplicado em consultório médico sob anestesia local. Para alguns procedimentos, ele é realizado em bloco cirúrgico.
Geralmente são necessárias no mínimo três sessões de laser com intervalo de trinta dias entre elas no primeiro ano. Após, a manutenção é feita com uma sessão por ano.
O laser de CO2 também pode ser utilizado em conjunto com outros tratamentos como a reposição hormonal para a região genital no climatério e a fisioterapia pélvica nos casos de incontinência urinária.
Ele é um procedimento seguro que proporciona tratamento de queixas muito comuns entre as mulheres e que, às vezes, são negligenciadas tanto pela paciente quanto pelo profissional que a está atendendo. Algumas observações:
· Dor na relação não é normal!
· Perder urina não é normal!
· Sensação de vagina flácida ou presença de gases vaginais frequentes durante a relação sexual não é normal!
· Existe tratamento para a atrofia do climatério, você não precisa sofrer sozinha!
· Aquela fissura que aparece na entrada do canal vaginal após a relação, também tem tratamento!
· Se existe alguma coisa na sua vulva que você acha que possa melhorar, a estética íntima pode te ajudar!
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